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Postado por: Gabriell Stevenson sexta-feira, 24 de outubro de 2014


No artigo anterior, sobre a santíssima trindade no Antigo Testamento, observamos algumas evidências quanto a trindade de Deus no Antigo Testamento. Vimos que possuímos fortes razões para crermos que Deus Pai deixara algumas pistas quanto ao Filho (Jesus) e o Espírito Santo fazerem parte da Sua divindade. Contudo, como veremos a seguir, apenas no Novo Testamento é que as sombras das coisas passadas se dissiparam [Cl 2.17 | Hb 10.1] e a verdade outrora oculta fora finalmente revelada [Cl 1.26].

Para entendermos melhor, iremos dividir este estudo em duas partes: Jesus e o Espírito Santo. Assim, poderemos ver com clareza e exatidão algumas das várias passagens bíblicas que comprovam a dinvindade do Filho e do Espírito.

1. Jesus

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." - João 1.1,3

"Eu e o Pai somos um." - João 10.30

"E quem vê a mim vê aquele que me enviou." - João 12.45

"... porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." - Jo 5.19

"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." - Colossenses 2.9

Estes são apenas alguns dos vários versículos que podem ser encontrados na Palavra de Deus, que comprovam a divindade de Cristo. O evangelho segundo João foi o que mais enfatizou o Senhor Jesus como sendo parte da divindade de Deus. Ele faz referências até mesmo à criação do mundo, afirmando que Jesus é Deus - não um Deus, mas Deus -, e também afirma que tudo quanto foi feito, por Ele foi feito. Neste mesmo evangelho, vemos Jesus fazendo declarações a cerca de si mesmo, afirmando ser um só com o Pai, e que todo aquele que olhasse para Ele, estaria olhando para Deus, pois Jesus era a perfeita imagem de Deus aqui na terra [Hb 1.3]; realizando as mesmas obras. Paulo também defende a dinvindade de Cristo, afirmando que nele habita corporalmente toda a plenitude divina. Seria impossível para Jesus, se fosse um simples homem, possuir toda a plenitude divina habitando em si mesmo.

Além destas passagens, existem outras referências a cerca de Jesus, no Novo Testamento, que o colocam em pé de igualdade com o Deus Pai:

Eu sou - Êxodo 3.14 | João 8.58

Redentor - Isaías 47.4 | Tito 2.14

Salvador - Isaías 43.3 | Tito 3.6

Juiz - Salmo 98.9 | Atos 17.31

Senhor - Isaías 6.1 | João 12.41

Ao longo de todo o Novo Testamento, podemos observar várias dessas comparações entre Jesus e o Pai, igualando-os. A própria vida de Cristo, e o testemunho de todas as professias sendo cumpridas Nele, provam que Jesus é o Messias e Deus.

2. Espírito Santo

O próximo passo agora é vermos como pode o Espírito Santo também ser Deus, mas antes devemos responder a uma pergunta: o Espírito Santo também é uma pessoa, assim como o Pai e o Filho?

"Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo..." - Isaías 63.10

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus..." - Efésios 4.30

"... esse vos ensinará todas as coisas..." - João 14.26

Os judeus não convertidos acreditam que o Espírito Santo não seja uma pessoa, mas apenas uma "força dinâmica" de Deus. Porém, estes três versículos demonstram que o Espírito Santo é uma pessoa, assim como Deus Pai e Deus Filho o são, pois tem sentimentos e inteligência. Apenas uma pessoa poderia possuir tais atributos. Também podemos observar em Atos 5.3 que existe a possibilidade de mentirmos para o Espírito, e, como sabemos, só se pode mentir à uma pessoa.

Percebendo isto, vamos analisar como o Espírito Santo fora revelado como participante da mesma divindade do Pai e do Filho:

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador..." - João 14.16

A palavra usada para "outro" é allos, que significa "outro do mesmo tipo"; diferente de heteros, que significa "outro de outro tipo". Jesus, igualou o Espírito Santo a Ele mesmo. Está evidente, por esta declaração, que o Espírito possui a mesma natureza de Cristo - que possui a mesma natureza do Pai.

Em I Coríntios 3.17, Paulo disse: "... o Senhor é o Espírito...", claramente evidenciando o Espírito Santo como Deus. O apóstolo Pedro também o revela como Deus: "... mentisses para o Espírito Santo... Não mentiste aos homens, mas para Deus." [At 5.3-4]. E além destes versículos podemos observar, por meio de muitas passagens, os mesmos atributos de Deus no Espírito Santo: Ele é a verdade [I Jo 5.6]; Ele é onipresente e onisciente [Sl 139.7 | I Co 2.10]; Ele é criador [Sl 104.29-30]; etc.

O fato de muitos judeus não crerem na santíssima trindade - ou que pelo menos o Senhor seja um Deus eternamente existente em mais de uma pessoa - é por não crerem no testemunho fiel do Senhor Jesus e nem do Espírito Santo, como sendo igualmente divinos como o Pai - para estes, Jesus não fora o Cristo e o Espírito Santo não passa de uma "força dinâmica" de Deus Pai. Podemos observar, porém, por todas as Sagradas Escrituras do Novo Testamento, que muitos judeus seguiram e creram em Cristo; aceitando a Sua divindade e a do Santo Espírito.

Os islâmicos, como foi assinalado no texto anterior, também recusam a ideia de que Deus seja uma trindade; dizem ser impossível 1+1+1 ser igual a 1, logo rejeitam que Deus possa ser uma trindade. Os islâmicos nem sequer aceitam que Jesus seja o Messias; afirmam que os discípulos de nosso Senhor deturparam a Sua mensagem e que Jesus não passou de mais um profeta que surgiu antes da aparição de Maomé - da mesma forma que acusam os judeus de não terem a verdadeira revelação de Deus.  Contudo, a matemática e a lógica de Deus são diferentes das dos homens. Por vezes, 1+1 é igual a 1 [Mc 10.8]. E assim como 1 vence 1 Mil, 2 não vencem 2 Mil, mas 10 Mil [Dt 32.30]. Veja, também, como o Senhor Deus criou alguns elementos da natureza: o átomo, que é formado por neutron, proton e eletron (três em um); a música, que é formada por armonia, ritmo e melodia (três em um). Podemos observar, então, por estes pequenos exemplos, que até mesmo a Loucura de Deus (que é loucura para os que perecem, mas sabedoria para os que creem - I Co 1.23-24) é maior do que a sabedoria de meros humanos [I Co 1.25].

Veja este desenho que poderá esclarecer melhor a formação da trindade:


O Filho não é o Pai, nem o Espírito. O Pai não é o Filho, nem o Espírito. O Espírito não é o Pai e nem o Filho. Mas todos os três são três pessoas divinas que formam um único Deus. Porém, diferentes do átomo e da música, os três são perfeitamente iguais em tudo; possuem a mesma natureza, apenas exercem funções diferentes.


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